Então, não somos hispânicos para não nos confundirem com os castelhanos, mas somos iberos, ainda que estes tenham ocupado o território castelhano todo. Conclusão interessante.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Parvoíce seguida de reflexão
Então, não somos hispânicos para não nos confundirem com os castelhanos, mas somos iberos, ainda que estes tenham ocupado o território castelhano todo. Conclusão interessante.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Desabafo de quem se está a redescobrir
É no período de transição que me encontro agora, o de redescobrir a independência e o acordar do espírito livre que vive em mim.
Por isso, vou tratando da minha vida sozinha, vou onde preciso ir sem companhia e de cada vez que o faço apercebo-me de que eu e o que está à minha volta, nomeadamente o que é novo e desconhecido, tem o potencial de me preencher e de me trazer momentos de felicidade. Como querem que abdique desses momentos para ir para casa, para os problemas da família, para levar com preocupações mal fundamentadas, para atender telefonemas que não me trarão nada de novo, para invadirem o meu espaço com histórias que, ou não têm interesse, ou não fazem bem ao espírito, como conversas tristes ou discussões e constatações de uma realidade infeliz, sem sonhos positivos para o futuro. A minha resposta é não, não abdico dos meus passeios por Lisboa, nem dos meus momentos sós, desligada de tudo o que me rodeia, a não ser o que não comunica por palavras. A única coisa que me fará comunicar é a perspectiva de sorrir, rir ou maravilhar-me com o entendimento e a companhia que o silêncio e um simples olhar podem criar quando estamos na presença de pessoas de quem gostamos e que gostam de nós, aquelas que conhecemos e que nos conhecem verdadeiramente.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
'Vocabularizando'
Para que tal fenómeno metafísico pudesse acontecer em mim, tive de ser persignada pelo Universo e pela relatividade e, com um abrenunso divino, etéreo, 'Fiat lux!' e um demónio surgiu dessa luz para me ensinar e acompanhar.
Agora passeio-me pelo tempo e pelo espaço, criando sonhos e vontades que me ajudem a construir o meu pequeno memorial, para que este se possa reunir em convento com os restantes memoriais da história, independentemente do seu tamanho físico ou grandeza contextual.
domingo, 17 de maio de 2009
E chora Blimunda
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Cai a chuva, escorrem ideias
O mundo aos olhos de Deus
quinta-feira, 26 de março de 2009
O fluir do pensamento

Beber dessa água seria como beber inspiração, criatividade e sabedoria pois, como não há duas gotas iguais, beberíamos sempre letras diferentes que juntas comporiam palavras sempre ricas e originais.
Se hoje a criatividade não tem fim, com uma água assim, letrada, seria um constante auge e uma constante reinvenção da escrita e da língua em si. Não existiriam aulas, mas sim tertúlias. Todos partilhariam as experiências e os conhecimentos únicos adquiridos através da água e seria uma partilha constante e gigantesca. Isto, claro, se não existissem egoístas e avarentos no mundo que quisessem tudo só para si. Provavelmente, os que não eram egoístas e avarentos torna-se-iam neles, sentido-se injustiçados por partilharem e não terem nada em troca. Imaginemos que nesse mundo em que a água é palavra, não existem tais pessoas. São todos inocentes, puros, gratos e altruístas. Os momentos de tertúlia entre essas pessoas seriam de compreensão interior e inconsciente, pois uma língua sem regras nem limites não pode ser entendida apenas pelo consciente, que, por vício, compartimenta e organiza as coisas do mundo. Aquilo que vive no interior é do inconsciente, porque é livre e fluido e, portanto, uma língua inconstante, efémera e ondulante só pode viver nesse local selvagem e virgem e ser compreendida de forma mais espiritual.
Pergunto-me se não será desse mundo, com essa água, que vêm alguns escritores, como Fernando Pessoa. A sua escrita é profunda, mesmo quando a intenção é ser leve e fresca, as palavras ganham vida própria, personalidade e novos sentidos e os versos são fluidos e ondulantes, cheiram a maresia e sabem a mar... Ao mar da poesia. Faço várias referências a este mar e a Fernando Pessoa. Isto porque quando leio Pessoa, vejo-me a mim, um ser um tanto plural e em constante euforia interior, que não a transparece fisicamente para o exterior, recorrendo, para a exprimir, a meios artísticos, nomeadamente à escrita e, no que toca ao mar da poesia, evoco-o porque quero alcançá-lo, não com a pretensão de se outro Pessoa, porque não possuo o seu génio, mas sim porque quero trazer alguma poesia comigo, para a deixar correr nos textos que escrevo.
Beber da poesia e mergulhar na prosa, partilhar o que aprendi e aprender com os outros e, assim, exceder-me a mim própria. É o que eu pretendo. E se para isso tenho de viajar para o mundo de onde os escritores (com E grande) vêm e tiver de beber da água letrada, tanto melhor!
domingo, 15 de março de 2009
Uma ideia, outra ideia... Devaneios
Eu escrevo em qualquer lado, a qualquer instante do dia e todos os dias. Posso não transpor o que escrevo para o papel, mas ainda assim escrevo. Tudo o que penso, todas as coisas que imagino passam por uma reflexão do meu consciente (que é bastante inconsciente) e aparecem na minha mente em forma de contos. Eu não vejo o texto na minha cabeça, vejo imagens. No entanto, existe um narrador que acompanha essas imagens e conta as suas histórias.
É um processo engraçado, o de viver através de uma história narrada por um narrador interior, de voz serena e quente e ilustrada por imagens luminosas. É como se dentro de mim vivesse uma outra pessoa encarregada de me ensinar as coisas da vida através de histórias.
Assim como Fernando Pessoa tem os seus heterónimos , sendo que um desses heterónimos é mestre, Alberto Caeiro, que o inspira, o mesmo se passa comigo e com este narrador. Ele escreve bem melhor que eu, é mais eloquente, mais poético, mais musical, mais tudo. Quando escrevo, normalmente o narrador apodera-se do teclado ou da caneta e ajuda-me a produzir texto e a progredir e quando isso não acontece, a diferença entre textos com e sem ele é enorme.
Acho que todos nós temos outro eu dentro de nós, que pode ser mais ou menos perceptível, na medida em que é mais parecido com a própria pessoa ou não (como Bernardo Soares que quase se confunde com Fernando Pessoa), mas também pela forma como intervém no nosso dia-a-dia.
É interessante conhecer esse indivíduo que está sempre presente, sendo a nossa melhor companhia na nossa eterna solidão, e que, por não ter corpo, por ser apenas espírito e ideia, acaba por ser 'omnipotente', possuindo uma sabedoria que pertence ao nosso inconsciente e que se vai revelando através do que chamamos intuição e 'visões'. Penso que, no fundo, é daí que vem da genialidade, da conversação entre o nosso eu consciente material e o nosso eu transcendente (in)consciente que nos ajuda a evoluir e amadurecer espiritual e ideologicamente. As pessoas que desenvolvem mais essa conversação, aquelas que sonham acordadas e vivem o mundo exterior através de uma perspectiva interior, intimíssima e única (e certamente fascinante), são aquelas cujo génio é genuíno e cuja obra é aparentemente difícil de compreender, mas que é apenas complexa. São exemplos de genialidade Fernando Pessoa, que através das suas múltiplas dimensões do eu, chegou, não só à sua própria unidade, mas também à da humanidade, apresentando também uma mentalidade bastante vanguardista sobre o mundo material, o seu mundo pessoal e o mundo espiritual e Albert Einstein que nos revelou a Teoria da Relatividade, que explica que espaço e tempo são relativos, que o intervalo de tempo e o comprimento não são absolutos (e pouco mais posso dizer a respeito, pois não tenho conhecimentos suficientes para a explicar bem). Exploraram-se ao máximo: sonharam, pensaram, viveram e transcenderam a mentalidade da sua época.
"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento."
- Autobiografia sem Factos. (Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p. 93)
"A superioridade do sonhador consiste em que sonhar é muito mais prático que viver, e em que o sonhador extrai da vida um prazer muito mais vasto e muito mais variado do que o homem de acção. Em melhores e mais directas palavras, o sonhador é que é o homem de acção. "
-Autobiografia sem Facto. (Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p. 110)
"A Ciência sem a Religião é coxa, a Religião sem a Ciência é cega."
- Fonte: Einstein, Albert, Ideas and Opinions, Crown Publishers, Inc., New York, 1954
"Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis elementares do universo – o único caminho é o da intuição."
- Fonte: O Pensamento Vivo de Einstein
Consultado em: www.wikiquote.com
A vida, o pensamento e a escrita são como rios, correntes de água que vão escavando a terra (o mundo) deixando a sua marca. Se as pessoas viverem, pensarem e se expressarem intensamente e com profundidade, deixarão uma marca maior e mais rica. A capacidade criadora e a sabedoria não têm limites e são acessíveis a quem estiver aberto às mesmas.
Todos podemos alcançar o génio.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Sonho, Baixa, Pessoa e Eu

-Bom dia Madalena! - disse, sobressaltado com a minha presença inesperada.
- Bom dia! Estavas a fugir de quem?
O homem sorriu ligeiramente. Nunca foi muito expansivo em público.
- De mim, suponho. E dos outros também.
-Posso fugir contigo até ao fundo da rua?
-Claro.
Começámos então a nossa escapadela pela Rua Augusta. Começou a chover. À medida que a chuva caía e cantava na calçada, as pessoas corriam para os cafés para se abrigarem. Mas eu e Fernando Pessoa continuámos a passear no meio da rua.
- Gosto de andar à chuva. Principalmente quando chove assim, 'a potes'. - disse, olhando para ele- Fernando, estás tão cabisbaixo hoje... Passou-se alguma coisa?
- É a Ofelinha.... - disse baixinho, olhando para o chão.
- Ah... - intervim, ficando esclarecida. Calei-me.
Estávamos a andar, ambos calados. Pessoa tinha a sua máscara posta. Estava pesaroso, era notório, mas a sua mente é tão complexa e misteriosa que cria uma camada de água turva que nos impede de ver o fundo.
Inclinei-me até conseguir olhar para o rosto dele e sorri-lhe.
- Olha para o céu. Sente a chuva e não penses por um momento.
Não me respondeu, mas olhou para cima, para as nuvens chorosas.
- Como te sentes?
- Mais leve. Estava tão absorvido em mim que não reparei na chuvada que está a cair.
Fomos assim ao longo da rua, postura direita, sorriso leve, calados, a apreciar a rua deserta e a ouvir a melodia da chuva.
No entanto, de uma das transversais, cortou um guarda-chuva preto o horizonte chuvoso. O ponto preto começou a dirigir-se na nossa direcção. Já não era só um ponto preto, ou um guarda-chuva. Era um homem. Era Ricardo Reis!
- Então, estão os dois à chuva? Metam-se debaixo do chapéu. Se ficarem à chuva apanham uma pneumonia.
- Obrigado Ricardo, mas eu e a Madalena preferimos ficar a apanhar chuva. Não quer experimentar?
- Não, muito obrigado. Não é das coisas que me dê mais prazer. Além disso, não quero ficar doente. Acho que vão precisar de mim saudável mais tarde para tratar de vocês. Até logo.
- Até logo Ricardo. - despedi-me.
- Se calhar o Ricardo tem razão. É melhor irmo-nos abrigar.
- Disparates! Já reparaste que está tudo cinzento? Até nós estamos cinzentos.
- Sim, pois estamos. Mas o que é que isso quer dizer?
- Bom, nós não somos cinzentos. O meu cabelo é castanho, assim como o teu, os meus olhos são esverdeados e os teus castanhos, a nossa pele é 'salmão', e por aí a diante.
- Então o que é que se passa? Porque é que estamos cinzentos?
- Deve ser um sonho. Não sei se é teu, se meu, se de um desconhecido.
- Ah, sim! E se estamos num sonho, não podemos ficar doentes, por isso, podemos andar à chuva o tempo que quisermos.
-Melhor! Podemos fazer o que bem entendermos porque as pessoas que vemos não são reais, logo não temos de nos preocupar com as aparências. E sabes o que me apetece agora? - Fiz uma ligeira pausa - Quero dançar!
- Dançar?! Agora?
- Sim, agora. Acompanhas-me?
- Não sei, Madalena.... Os sonhos são tão irreais... Não me parece palusível. Devemos ser prudentes.
- Estamos num sonho! Podes ser tu mesmo! Podes desmascarar-te. Não tens de ter medo... Então, vens? - perguntei-lhe, estendendo-lhe a mão.
Pessoa agarrou a minha mão e conduziu-me numa dança sem regras, num estilo que só os dois entendíamos e ao som de uma melodia tão pura e única como é a da chuva caindo na calçada.
Dançámos.
Dançámos, dançámos, dançámos
E dançámos pela Baixa fora.
Dançámos todos os miradouros,
Todas as ruas,
Todos os cafés,
Todas as praças,
Todos os teatros,
Todos os cantos e recantos desta trama viva.
A Baixa.
E as pessoas não viam,
Só passavam, corriam, conversavam, riam.
Mas não viam
E não dançavam
Nem sentiam a chuva
Eram meras sombras de si próprias presas num sonho.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Poesia
Que ondulam leves nos meus ombros
E escorrem pelas minhas costas
Refrescando o meu corpo.
Penteando tais cabelos,
Fluem sonhos,
De azul esverdeado pintados,
E pingam, evaporando, lágrimas tristes
Quais temporais amainados.
Deitada sob o lago turvo
Como vidro difuso
(Que é o espelho que me separa do mundo)
Afogo-me e bebo do meu cabelo
Sonhos, sonhos e sonhos.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Conversa
domingo, 25 de janeiro de 2009
Rios
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
O meu Pessoa

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Primeira interpretação do espírito aparentemente inocente de Alberto Caeiro

terça-feira, 13 de janeiro de 2009
....

quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Desafio: A Alma do Índio

O murmúrio da minha água lembrará que todos os oceanos, mares e rios são nossos irmãos assim como toda a natureza que nos circunda e ressuscitará todos os que morreram afogados pelo mundo. O reflexo da minha água mostrará o que cada um foi e o que fomos, o que cada um é e o que somos, o que cada um e todos nós poderemos fazer para SER. Este SER é o que nos move. Não é corpo, é energia. Esta energia leva consigo o passado, o presente e o futuro. É o que nos permite viajar em nós próprios, o que nos permite transformar e sentir o que não é fisicamente realizável. Tal como eu hoje sou água devido à minha energia, amanhã posso transformá-la em ar, em terra, em estrela, em nada. Para o fazer basta-me sentir o AMOR do universo, basta amar e ser amada. A partir daí, deixo-me sair do meu corpo para ser só energia e como energia posso ser o que quiser.
Hoje sou água.
domingo, 9 de novembro de 2008
Inconsciente
Uma gota bateu com força no parapeito. Mergulhei nela com as restantes gotas da chuva, juntei-as todas e o "ping-ping" deu lugar a um fio contínuo de aguá que corria para o nada. Outra gota, uma imagem em tons de cinzento. A Madalena numa praia deserta, rochosa. O céu estava claro, mas nublado, a areia era branca e contrastava com o negro das rochas, o mar, cujos braços longos beijavam os pés frios da rapariga, rebentava preguiçosamente, criando uma música suave. Madalena cantava baixinho para o mar, pedindo-lhe autorização para entrar nele. Suavemente, este replicou que sim. Madalena avançou então lentamente, murmurando a sua melodia. Já tinha água pela cintura quando parou. Ficou imóvel, de olhos fechados, deixando-se envolver pelo abraço das ondas frias, que aqueciam e lavavam o seu espírito. A sua voz foi ficando mais clara e a sua melodia mais pura. Cantava agora, não para o mar, mas o mar. E nisto, transformou-se em espuma e eu adormeci.
domingo, 26 de outubro de 2008
Uma das coisas que eu mais gosto é de andar sozinha na rua. Assim, posso fazer as figuras tontas que tiver de fazer para chegar ao meu destino sem ninguém se sentir embaraçado e pelo caminho descubro coisas novas.
Desta vez resolvi andar aos zigue-zagues até encontrar a Rua Augusta e passei por tantas lojas, por tantos cheiros. Uma das ruas cheirava a detergente contrastado com o cheiro do lixo; outra, por ter tanta afluência, cheirava a pessoas; outra a castanhas quentinhas.
Finalmente, cheguei ao Terreiro do Paço. Vi alguns dos meus colegas ao longe e juntei-me a eles. O resto da turma e professores começaram a chegar e eu mal pude apreciar o reflexo dourado do sol nas águas azul-prateadas do rio. Reunimo-nos e fomos todos para a entrada do Pátio da Galé, onde entrámos para comprar os bilhetes para a exposição sobre o terramoto de 1755 e a reconstrução da Baixa de Lisboa.
A primeira sala focava o contexto histórico do incidente, mostrando pinturas e gravuras do antigo Terreiro do Paço, um local amplo junto ao rio, onde se juntavam as pessoas para estabelecer relações quer sociais, quer comerciais. Também mostrava gravuras sobre engenharia e geometria que se praticava na época pelos engenheiros militares. Na sala seguinte vimos alguns exemplos de outras cidades também reconstruídas e as semelhanças e diferenças que têm com o caso de Lisboa. Um pouco à frente estava a maqueta da cidade de Lisboa pré-terramoto. Nesta vimos como a cidade, já naquela altura, era grande e como as casas formavam ruas que pareciam pequenas ramificações de um rio que iam desaguar ao Terreiro do Paço, de cara para o Tejo.
De seguida, passámos para a destruição da cidade: primeiro o terramoto, que deu origem a um maremoto e, por fim, o incêndio. Pelas paredes havia diversas gravuras: umas da onda gigantesca a cair sobre a cidade, os barcos no rio balançando a ritmo incerto, outras do incêndio a consumir os edifícios e ainda outras com as ruínas, com mortos pelo chão, todos amontoados.
Os espaços seguintes mostram já os planos de construção, as ideologias, os requisitos obrigatórios para a planificação da Baixa, as grandes figuras (D. José I, Marquês de Pombal, Eugénio dos Santos, Manuel da Maia, Carlos Mardel), a 'caixa negra', que simboliza os dois anos de negociações a portas fechadas, ou seja, todo o caminho percorrido até a Baixa Pombalina estar concluída.
As últimas salas correspondiam à Baixa nos tempos mais recentes e à última remodelação que esta sofreu, após o incêndio nos Armazéns do Chiado que foram reconstruídos pelo Siza Vieira em 2004.
Concluindo, a exposição estava muito interessante e bem concebida, com muitas gravuras, pinturas, textos de apoio e citações elucidativas, sendo bastante interactiva.
E acabado este capítulo fomos todos a caminho do almoço. apanhámos o eléctrico até Belém, pois a nossa próxima visita de estudo era no Padrão dos Descobrimentos, almoçámos rapidamente e percorremos os jardins do Jerónimos, repletos de pequenos lagos artificiais e fontes até chegarmos ao Padrão, mesmo junto ao rio. Mais uma vez reunimo-nos, comprámos os bilhetes e entrámos para ver um filme sobre a cidade de Lisboa, que está intimamente ligada ao rio e ao mar, por causa da sua posição geográfica, por ser o centro de Portugal e, outrora, do mundo e por causa dos Descobrimentos. Neste filme também foi referida a Expo98, realizada na zona Oriental de Lisboa, que fez um tributo à água, e ainda hoje é visível esse mesmo tributo nos jardins, no parque da água, no centro comercial Vasco da Gama, na pala do Pavilhão de Portugal, o Lago das Tágides, entre outros.