O meu cabelo são fios d'agua
Que ondulam leves nos meus ombros
E escorrem pelas minhas costas
Refrescando o meu corpo.
Penteando tais cabelos,
Fluem sonhos,
De azul esverdeado pintados,
E pingam, evaporando, lágrimas tristes
Quais temporais amainados.
Deitada sob o lago turvo
Como vidro difuso
(Que é o espelho que me separa do mundo)
Afogo-me e bebo do meu cabelo
Sonhos, sonhos e sonhos.
1 comentário:
Madalena:
Tem sido interessante e estimulante acompanhar estes teus textos com que vais penetrando na constelação pessoana.
Muito bem feita, a "ponte" entre os vários elementos propostos.
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