«Nos altíssimos mares, que cresceram,»
«Vendo que se sustém nas ondas tanto.»
«Quase toda alagada; a gente chama»
«As ondas de Neptuno furibundo,»
«No grão dilúvio, donde sós viveram»
Estes são alguns versos do Canto VI, d'Os Lusíadas com alusões à água, nomeadamente a uma tempestade no mar. Nestes versos Camões retrata de forma bela e musical o poder destrutivo da água, conferindo-lhe a sua força, mas sem impressionar demasiado o leitor, isto é, o poeta descreve a tempestade, mostrando quão incontroláveis são as forças da natureza, mas usa figuras de estilo como a perífrase e vocabulário erudito e joga com o ritmo e a rima dos seus versos para atenuar o momento, tornando a tempestade destruidora e magnífica ao mesmo tempo.
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